Esse projeto é mais um passo no crescimento contínuo do Terminal, que planeja ser o maior e mais eficiente da América do Sul até 2033
O Porto Itapoá está dando início à sua Fase IV de expansão, com previsão de investimentos que somam R$ 500 milhões nos próximos 12 meses. Esse projeto é mais um passo no crescimento contínuo do Terminal – consolidado entre os quatro maiores do Brasil – que planeja ser o maior e mais eficiente da América do Sul até 2033.
Localizado na Baía da Babitonga, em Santa Catarina, o Porto Itapoá tem um pátio de 455 mil metros quadrados, com capacidade estática de 31 mil TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) e sua capacidade de movimentar até 1,8 milhão de TEUs por ano. O diretor de Desenvolvimento de Negócios e Experiência do Cliente do Porto Itapoá, Felipe Fioravanti Kaufmann, explica que na nova fase, a infraestrutura será ampliada ainda mais para atender à crescente demanda, tanto no cenário nacional quanto internacional. “A expansão incluirá 120 mil m² adicionais ao pátio. Além disso, estão previstas novas aquisições de equipamentos de alta tecnologia, que prometem elevar a eficiência e a sustentabilidade do terminal”, diz.
Entre os novos investimentos, destaca-se a aquisição de mais um portêiner — equipamento essencial para a movimentação de contêineres em navios de grande porte —, o oitavo da frota de Itapoá. “Em agosto deste ano consolidamos a estrutura de funcionamento completo do sétimo portêiner e já tivemos um incremento de 15% de produtividade”, relata Kaufmann.
O cais, estrutura onde atracam os navios, também deve ser ampliado em breve, ganhando mais 400m de comprimento, somando-se aos atuais 800m, o que permitirá a atracação de três navios de porte maior. Felipe Kaufmann revela que que a ampliação já está licenciada pelo Ibama e que a obra deve seguir um cronograma estratégico.
Ainda no pacote de modernizações, serão adquiridos 12 RTGs (guindastes sobre pneus) operados por controle remoto. Atualmente, o Porto Itapoá já conta com 10 RTGs controlados remotamente, sendo o primeiro terminal portuário da América do Sul a contar com essa tecnologia. “Estes guindastes são híbridos o que, além de reduzir o consumo de combustível, também diminui as emissões de carbono”, completa Kaufmann. O Terminal conta ainda com outros 17 RTGs convencionais.
Também serão adquiridos nove terminal tractors (TTs), caminhões que movimentam contêineres no pátio e cais. Atualmente, o Terminal conta 49 TTs, sendo 20 deles elétricos, a maior frota do Brasil de TTs elétricos. “Esses TTs são carregados com energia 100% renovável, alinhando-se à política de sustentabilidade do Porto Itapoá”, reforça o diretor.
A ampliação também inclui 1.080 novas tomadas refrigeradas, totalizando 4.038 pontos para contêineres reefers, consolidando Itapoá como o terminal com o maior número de tomadas reefer em Santa Catarina e o segundo maior do Brasil.
Outra importante aquisição anunciada é um novo scanner de última geração. O Porto Itapoá já conta com dois scanners, equipamentos fundamentais para garantir a segurança da circulação de cargas.
Conclusão da Fase III
Com a presença do Governador do Estado de Santa Catarina, Jorginho Mello, do então Secretário Estadual de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, além de autoridades das diversas esferas, órgãos intervenientes, entidades, clientes, funcionários e imprensa o Porto Itapoá inaugurou, em 25 de abril, a fase III de expansão do terminal, com mais 200 mil m² de pátio, contemplando o armazém de 8 mil m², finalizando um aporte de R$ 815 milhões.
Com essa ampliação, o Porto Itapoá passou operar um dos maiores pátios de contêineres do Brasil, com 455 mil m². Também fizeram parte destes investimentos a aquisição de grandes equipamentos.
Canal de acesso à Baía da Babitonga
Em setembro, o Ibama concedeu a Licença de Instalação para obra de dragagem no canal de acesso aquaviário da Baía da Babitonga.
O projeto de dragagem vai aumentar a profundidade do canal externo de 14 metros para 16 metros, permitindo a navegação de embarcações de até 366 metros de comprimento. Isso coloca o terminal como uma opção de hub, concentrando as cargas desses navios de dimensões maiores.
Com a concessão da licença, esta semana, o Porto de São Francisco do Sul já pode iniciar o processo de licitação para a contratação da empresa responsável pela execução da obra, estimada em R$ 300 milhões.
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Thiago Dias
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